quarta-feira, 19 de maio de 2010

Conhecido como 'fim do mundo', Cabo Horn desperta o espírito desbravador nos turistas


Cada um tem em seu imaginário uma idéia própria do que pode ser considerado o “fim do mundo” – um lugar isolado, cenário inóspito, com o horizonte vazio –, mas esta definição já foi atribuída a uma região no sul da América Latina: o Cabo Horn. Situado no Estreito de Drake na Terra do Fogo, em território chileno, o local é o ponto de encontro entre os oceanos Atlântico e Pacífico. É o último pedaço de terra habitado no extremo sul antes de chegar a Antártica (com exceção de suas bases de pesquisa), ou seja, o lugar mais austral da América.

Além de ter sido declarado Reserva da Biosfera pela Unesco, o Cabo Horn cultiva um mito por ser também um local de difícil acesso. Desde 1616, quando foi descoberto, é uma rota de navegação importante para as embarcações que navegam entre os dois oceanos, mas extremamente perigosa. Os ventos ali podem chegar até 200km/h e derrubar até o navio mais bem equipado – não é a toa que em suas imediações há mais de 100 embarcações naufragadas.

Mesmo assim – ou talvez justamente por isso –, a idéia de alcançar o Cabo Horn ainda seduz muitos aventureiros. Uma das poucas opções oferecidas ao turista é integrar a expedição do Cruzeiro Australis, que tem em sua rota uma parada no “fim do mundo”. O navio parte de Ushuaia (Argentina) e de Punta Arenas (Chile) e visita algumas ilhotas da Terra do Fogo, como Isla Magdalena e Baía Wulaia. O ponto alto do passeio é mesmo o Cabo Horn, onde os que estão a bordo do navio sentem a emoção de estar em alto mar e em um lugar especial.

O desembarque no local só é feito se a velocidade do vento não ultrapassar os 60km/h. Em uma madrugada com ventos de 120km/h, dá para sentir algo semelhante à adrenalina que algum navegador de outro século experimentou quando passou por lá. Não se vê o céu, o vento toma forma de nuvem e ganha cor branca de tão espesso que fica ao se misturar com a chuva e a neve e o balanço do mar faz chacoalhar tudo o que está na sua cabine – e se você for sensível, seu estômago acompanha o movimento.

Por isso, viajar até lá infelizmente não garante que vá pisar no ponto mais ao sul da América. Alguns compram o pacote de ida e volta do cruzeiro para ter mais chances de desembarcar no Cabo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Esbanjando história, Londres busca o novo criando atrações

À beira do rio Tâmisa, Londres, com seus 8 milhões de habitantes, já foi Londinium, quando em 55 a.C., o exército romano invadiu a região e se instalou em Southwark, bairro onde atualmente estão a galeria de arte Tate Modern, uma recriação do teatro shakespeareano The Globe e a roda-gigante London Eye.

Na marcha dos acontecimentos que edificaram a metrópole (cujos sites de turismo oficiais são www.visitbritain.com.br e www.visitlondon.com), um turbilhão de acontecimentos políticos e culturais colocaram a capital do Reino Unido no centro do mundo.

Invadida pelos normandos, em 1066; Londres teve na Torre de Londres uma das mais temíveis masmorras da Europa na Era Elisabetana (1558-1603); esteve no epicentro de uma guerra civil, deflagrada em 1642; enfrentou a peste negra e ardeu em chamas, em 1666; e foi a capital de um império "onde o sol nunca se punha", no reinado da rainha Vitória, que durou 63 anos, de 1837 a 1901.

Pioneira, inaugurou seu metrô, na verdade um trem subterrâneo (ou "Underground Railway"), já em 1863. Incansável, ouviu o poeta -- e autor do primeiro dicionário de língua inglesa -- Samuel Johnson (1709-1784) cunhar o bordão "quem se cansa de Londres, se cansa da vida".

sábado, 15 de maio de 2010

As dez melhores rotas internacionais para dirigir

A vida é uma jornada, e para aqueles viajantes que preferem fazer esse percurso de carro, o site Askmen.com criou uma lista com as dez melhores rotas internacionais para dirigir fora dos Estados Unidos.

"Estar atrás do volante é ao mesmo tempo relaxante e revigorante. Some limites de velocidades brandos ou inexistentes à excelente geografia e enriqueça sua alma", disse o site.

1. Baja California Sur, México
Esta rota não é para o motorista casual. Na verdade, se você tem receio de pegar uma estrada estreita, de duas mãos, cheia de obstáculos, desfaça as malas. Por outro lado, se você tem instinto aventureiro e está bem preparado, dê uma chance. A melhor estrada em Baja California Sur é a Rodovia 1, o que não quer dizer muita coisa: esta não é uma rota que você pega para evitar buracos do tamanho de crateras ou para chegar a Cabo San Lucas rapidamente. Muitos não recomendam dirigir à noite, enquanto outros sugerem manter a velocidade em 80 km/h. De qualquer modo, se você é um motorista habilidoso com um carro razoavelmente resistente, experimente esta rota. Você será recompensado com ótimo clima e excelentes paisagens.

2. Norte da Tunísia
O Norte da Tunísia tem algumas estradas montanhosas divertidas que valem a pena o passeio. Esta não é uma área para um carro frágil e exótico já que é fácil encontrar estradas com qualidade questionável, às vezes pouco sinalizadas. Normalmente, as P5 e P17 são boas apostas, apesar de estarem sempre sujeitas a mudanças. E mesmo que você esteja percorrendo um trecho tranquilo, o tráfego local algumas vezes evolui com a urgência de uma tartaruga artrítica. A compensação é um caminho marcante com uma paisagem única. Parte disso se dá pela quantidade de ruínas de vilas romanas espalhadas pela região.

3. Província do Cabo Oeste, África do Sul
Se você acha que a única forma de dirigir ali é em uma Land Rover num safári, pense melhor. Apesar das estradas rurais, as maiores vias do país são razoavelmente bem conservadas. As N1, N2 e N7, em Cabo Oeste, são ótimas rotas, com limites de velocidade de 120 km/h. Mas, cuidado: preste atenção nos animais que costumam circular pelas estradas. Dirigir pelo Atlântico Sul e pelo Cabo da Boa Esperança lembra o Mediterrâneo.

4. M8, Escócia
O Reino Unido tem diversas estradas tentadoras para dirigir com empolgação, e a Escócia é frequentemente ignorada. A geografia diversificada do país se divide entre montanhas, planícies centrais e planaltos ao sul, geralmente marcados por transições abruptas. Uma passagem montanhosa, conhecida como "Descanse e agradeça" era notória por fazer com que os veículos superaquecessem pelo menos uma vez durante o percurso. A M8 é a maior via expressa, ainda que você talvez queira explorar algumas das boas estradas secundárias, seja para ver um castelo, seja só para correr um pouco.

5. Kumamoto, Japão
Apesar de sua densidade populacional, o Japão tem outro lado. Na área rural montanhosa, as pessoas podem se sentir seguras enquanto a vida se move em câmera lenta. Ali você também encontrará algumas estradas cinematográficas, bem conservadas e para viajar rapidamente. Por exemplo, dirigir pela via Kyushu em Kumamoto, na ilha de Kyushu, é quase como viajar pelo tempo. Nesta área, em que se considera que a civilização japonesa tenha surgido, você terá a oportunidade de presenciar vistas maravilhosas assim como arquitetura tradicional.

6. Estradas costeiras, Portugal ou Espanha
Quando um fabricante de automóveis europeu organiza um lançamento para a imprensa e apresenta seu carro para os jornalistas, é normalmente em Portugal ou Espanha. Para alguns, isso pode ser confuso. A Espanha é conhecida por seu rigoroso cumprimento às extensas leis de trânsito. Enquanto em Portugal esse rigor faria bem, já que o país é criticado por suas estradas ruins e até por hábitos de trânsito negativos. Na realidade, os guardas da Espanha ajudam a manter uma rodovia menos estressante, permitindo que você realmente entre na paisagem. Além disso, Portugal tem realizado melhorias nas vias e dos motoristas.

7. Estrada Great Ocean, Austrália
Victoria abriga esta grande estrada, com vistas que vão de estâncias turísticas e faróis a floresta Otways. Você vai se deixar levar pelo Oceano Antártico das praias entre Lorne e Apollo Bay, e as ondas enormes da praia de Bells são um sonho para os surfistas. Ainda há os Doze Apóstolos, que são montes de pedras calcárias incríveis que saem da água no parque nacional Port Campbell, entre Princetown e Peterborough. Concluída em 1932, a estrada Great Ocean é um grande orgulho para os australianos e uma via divertida para turistas do mundo todo.

8. Viaduto de Millau, França
A área em torno da cidade de Millau, no sul da França, é uma maravilha para dirigir. Estradas do Maciço Central oferecem todos os desníveis e curvas que os motoristas desejam, mas o que realmente faz esta estrada ser fora do comum é o aço. Competindo efetivamente com a vista impressionante está o viaduto de Millau. A maior parte dos aficionados por carros não costuma ficar empolgado com pontes, mas esta não é uma ponte comum. Por apenas $ 5, você pode atravessar esta via de quatro pistas que alcança 341 metros de altura e é o ponto mais alto sobre o rio Tarn.

9. Bolonha, Itália
Já foi dito que um carro tem melhor performance em sua própria casa e que reflete a personalidade das pessoas que o construíram. É definitivamente o caso da província de Bolonha, na Itália --a região em que a Ferrari, a Lamborghini e a Maserati fazem sua mágica acontecer. Achar seu caminho entre ruas estreias de vilas e montanhas dá a sensação de estar competindo na corrida de Mil Milhas --a versão moderna das corridas que acontecem na região. Só tenha em mente que a A13 e outras estradas têm limites de velocidade de 130 km/h para carros com motores de pelo menos 1.1 litro. A guarda local é conhecida como tolerante, mas nem sempre. Para ter a melhor experiência dirigindo em Bolonha, ou em qualquer lugar, pegue as "strade bianchi", ou estradas do interior.

10. Autobahn, Alemanha
Será que os fabricantes de automóveis Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche produziriam algo impressionante se não tivessem a Autobahn no seu jardim? Desde que o primeiro trecho, de Bonn a Cologne, foi concluído, em 1932, o sistema rodoviário alemão Autobahn se tornou lendário por proporcionar emoções sem limites --ou algo assim. Isso normalmente gera confusão, mas apenas metade do sistema não tem limites de velocidade. As Autobahns suíça e austríaca também medem a velocidade, então nem tente bancar o turista desinformado com as autoridades. Em vez disso, parta para o sul da Alemanha, onde você encontrará a maior parte dos trechos sem limites de velocidade.

Fonte: 'Reuters Life' (lista não é endossada pela 'Reuters')

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Decifre Londres

Repleta de atrações culturais e empenhada em driblar uma crise que desvaloriza a libra esterlina, a capital britânica já se prepara para os Jogos Olímpicos de 2012

Metida num impasse político depois da derrota nas urnas do primeiro-ministro trabalhista Gordon Brown, na quinta-feira passada, mas esbanjando musculatura no quesito agitação cultural, Londres prepara os Jogos Olímpicos de 2012 (www.london2012.com) em meio a um turbilhão de acontecimentos nem tão festivos.

O partido do conservador David Cameron foi o mais votado nas eleições, conquistando 306 assentos no Parlamento -não obteve, no entanto, os 326 necessários para formar um novo governo- e negociou até anteontem, quando, atendendo pedido da rainha Elizabeth 2ª, aceitou montar um governo em coalizão com os liberais-democratas que põe fim a 13 anos de gestão trabalhista. 

Diferenças ideológicas entre trabalhistas, conservadores e liberais-democratas à parte, os ingleses acham imperioso reduzir o défict público e evitar a estagnação econômica, driblando o fantasma da crise que ronda o Reino Unido e até mesmo algumas de suas lendárias instituições bancárias.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

BuildingsNY & GreenbuildingsNY - Nova Iorque

Entre 16 e 17 de junho de 2010 acontecerão, em Nova Iorque, duas dois principais eventos do planeta no setor de arquitetura e construção: BuildingsNY e GreenbuildingsNY. Voltadas, além do mercado tradicional, especialmente à 'construção verde', destacam: responsabilidade ambiental e ecológica, uso racional e eficiente de energia e recursos naturais, tecnologias, estratégias, serviços, produtos e assuntos relacionados. 

O Departamento Comercial dos EUA promoverá a Delegação Oficial brasileira para prestigiar as feiras. Aos participantes da Delegação Oficial do consulado dos EUA, oferecem-se diversas facilidades exclusivas, desde a possibilidade de agendamento para requisição do visto aos EUA até o acompanhamento de inérprete para reuniões. Oportunidade única aos profissionais da área interessados em estar a par para com o mundo as novas tendências da construção e da arquitetura.

Delegação Oficial dos EUA para a GreenbuildingsNY 2010
GreenbuildingsNY
Serviço Comercial dos EUA no Brasil

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cidade do México: Roteiro para além de estereótipos

Esqueça estereótipos e conheça a real Cidade do México em 36 horas

Pobre Cidade do México. Quando estava começando a atrair de volta os viajantes com novos hotéis bacanas, uma florescente cena de arte contemporânea e níveis de poluição quase suportáveis, a escalada da violência das drogas no México se transformou em notícia de primeira página. Então a capital se tornou um epicentro de gripe suína. De repente, atravessar a fronteira deixou de parecer uma ideia inteligente. Pronto para a verdade? O momento de visitar esta megacidade – cerca de 20 milhões de pessoas moram na área metropolitana – raramente foi melhor. Ávida em atrair de novo as pessoas, os hotéis de luxo estão oferecendo pacotes especiais com descontos de até 65% nas diárias. Mais restaurantes, hotéis e galerias de arte surgiram em bairros chiques como Condesa e Roma. E a Cidade do México provavelmente nunca esteve tão limpa: até mesmo os vendedores ambulantes agora transportam grandes frascos de desinfetantes para as mãos.

Uruguai: Montevidéu

A pujança cultural de Montevidéu contrasta com o reduzido tamanho e incipiente industrialização do Uruguai. A arquitetura e os hábitos cosmopolitas da população lhe conferem uma atmosfera de cidade européia, que as crises econômicas e políticas do país não conseguiram apagar.

Montevidéu, capital do Uruguai e do departamento de Montevidéu, situa-se na margem leste do rio da Prata, a 180km do oceano Atlântico, junto à baía de Montevidéu. O clima é úmido e temperado. A topografia é levemente ondulada, com altitude média de 22m.

Hungria: Budapeste

A "rainha do Danúbio", como foi cognominada Budapeste, constitui o centro da atividade administrativa, econômica e cultural da Hungria e um dos principais núcleos urbanos da Europa central.

Duas partes compõem a cidade de Budapeste, capital da Hungria: Buda, situada num planalto na margem oeste do Danúbio, e Pest, que se estende sobre uma planície no leste do rio.

O núcleo de formação da cidade foi o povoado celta de Akink, fundado em 70 a.C., na margem ocidental do Danúbio. Os romanos ocuparam o lugar no ano 9 a.C., e estabeleceram a colônia de Aquincum, bastião defensivo da Panônia inferior.

Emirados Árabes: Dubai

Banhado pelo Golfo Pérsico, Dubai é um dos sete emirados que formam os Emirados Árabes Unidos. Enquanto Abu Dhabi, é o maior e mais rico dos emirados, com imensas reservas de petróleo, Dubai, que possui reservas menores, previstas para esgotar ainda nessa década, luta para se manter como um importante centro de comércio no Oriente Médio e investe pesadamente também para consolidar-se como destino turístico.

Com aproximadamente 2.262.000 habitantes, localiza-se na costa sul do Golfo Pérsico na Península Arábica. O município muitas vezes é chamado de "Cidade de Dubai" para diferenciá-lo do emirado de mesmo nome. Dubai é conhecida mundialmente por ser extremamente moderna, "futurista" e com enormes arranha-céus e largas avenidas.

Canadá: Montreal

Dominada, em sua topografia, pelo monte Royal que lhe deu o nome, Montreal foi fundada por franceses, manteve-se como capital do Canadá de 1844 a 1849 e é a segunda cidade do país em população, além de centro econômico e cultural dos mais prestigiados do mundo.

Montreal localiza-se na costa sudeste da ilha de mesmo nome, na província de Québec. A cidade ocupa cerca da terça parte da ilha de Montreal, a maior do arquipélago Hochelaga, próximo à confluência dos rios Ottawa e São Lourenço. Dista 264km a sudoeste da cidade de Québec e 195km a leste de Ottawa. Seu porto, a 1.600km de livre navegação fluvial do oceano Atlântico, a leste, se liga ao sistema dos Grandes Lagos, a oeste. As médias térmicas oscilam entre -9,2o C em janeiro e 21,3o C em julho.

Suíça: Berna

O escudo de Berna -- um urso negro sobre fundo dourado -- simboliza a origem da cidade que se erigiu, segundo a tradição, no lugar onde o duque Bertoldo de Zähringen matou um urso e mandou, em memória do feito, construir uma muralha.

Berna, capital da Suíça, foi fundada em 1191 para servir como posto militar de fronteira entre territórios dos germânicos e dos burgúndios. Com o fim da dinastia Zähringen, em 1218, tornou-se cidade imperial livre, regida pela nobreza feudal. Garantiu a supremacia sobre as cidades rivais com as batalhas de Dornbühl (1298) e Laupen (1339), e permaneceu como estado independente até 1353, quando se incorporou à Confederação Helvética. Com a Reforma, tornou-se um importante foco calvinista. No século XVIII, era o centro político de 52 territórios e a principal cidade da Confederação Helvética, da qual tornou-se capital em 1848.

Alemanha: Munique

Um dos principais centros culturais da Europa, Munique (München em alemão) é também a mais desenvolvida metrópole industrial e comercial do sul da Alemanha, famosa como sede de exposições e congressos. É a capital do Land (estado) da Baviera e terceira maior cidade alemã, depois de Berlim e Hamburgo. Situa-se às margens do rio Isar, a 520m de altitude na orla dos Alpes. Seu clima é temperado, com temperatura média anual de 7o C.

No século VIII da era cristã, os monges beneditinos fundaram um mosteiro na região do Tegernsee, núcleo a partir do qual se desenvolveu Munique, cujo nome significa "casa dos monges". Em 1157, o duque da Baviera, Henrique o Leão, concedeu aos religiosos o direito de fundar um mercado no local, o que deu origem à cidade e a uma atividade agrícola e comercial que desde então não se interrompeu. Em 1255 Munique passou a ser a residência dos Wittelsbach, duques e depois reis da Baviera. Em 1327, um incêndio destruiu quase inteiramente a cidade, que foi reconstruída e fortificada pelo imperador Luís da Baviera, considerado por essa razão seu segundo fundador.

Áustria: Viena

Por sua tradição histórica, arquitetônica e musical, Viena foi, até a primeira guerra mundial, uma das cidades mais importantes do mundo.

Viena (em alemão, Wien) é a capital da Áustria, como foi antes do Sacro Império Romano-Germânico e dos impérios austríaco e austro-húngaro. Circundada por colinas, situa-se numa planície às margens do rio Danúbio, que por muitos séculos foi a fronteira do Império Romano. A zona mais alta é o bosque de Viena, que desce bruscamente em direção ao rio; formam-se na encosta quatro plataformas mais ou menos semicirculares.

Chile: Santiago

Enfeitada pelas neves eternas da cordilheira andina, Santiago, capital do Chile, tornou-se um grande centro econômico e cultural e é hoje uma das cidades mais populosas da América do Sul.

Santiago está localizada no centro do país, às margens do rio Mapocho, afluente do Maipo, que banha o fértil vale central. A cidade se ergue no sopé dos primeiros contrafortes dos Andes, sobre colinas com altitudes que variam entre 500 e 700m.

Argentina: Buenos Aires

Um dos maiores conglomerados urbanos da América e do mundo, Buenos Aires é herdeira de uma rica tradição folclórica, cuja singularidade se manifesta fielmente no tango. Berço de artistas como o escritor Jorge Luis Borges e o músico Astor Piazzolla, a cidade tornou-se um centro cultural de estatura comparável a sua magnitude urbana.

Buenos Aires, capital da Argentina, constitui, como unidade administrativa, o Distrito Federal. Está situada na margem direita do rio da Prata, a 273km do oceano Atlântico, na província de Buenos Aires. Sua área metropolitana compreende diversos municípios vizinhos, com os quais forma a Grande Buenos Aires.

África do Sul: Durban

O lugar em que se instalou o porto de Durban foi visitado por Vasco da Gama em sua primeira viagem à Índia, em 1497, porém mais de três séculos se passaram até que a cidade surgisse.

Maior porto marítimo da África do Sul e principal cidade da província de Natal, Durban situa-se na baía de Natal, na costa do oceano Índico. O clima é subtropical, amenizado pela corrente quente de Moçambique, no período de inverno. O núcleo colonial de Port Natal, como se chamou a cidade, foi fundado pelos ingleses em 1824. Onze anos mais tarde, chegaram alguns missionários e o oficial da marinha Francis Gardiner. A cidade ganhou seu nome atual em homenagem a Sir Benjamin D'Urban, governador da colônia do Cabo.

Durban é hoje centro da agroindústria açucareira sul-africana e importante núcleo industrial. O turismo é bastante desenvolvido, graças à beleza das praias e à proximidade das reservas ecológicas e de caça de Natal. No final do século XX, Durban possuía um dos terminais marítimos mais bem aparelhados do mundo.


Links:

Austrália: Melbourne

Capital da Austrália de 1901 a 1927, a cidade de Melbourne é um dos maiores centros financeiros e industriais do país.

Melbourne é capital do estado australiano de Vitória. Situa-se no litoral sudeste do país, na baía de Port Phillip, em frente à ilha de Tasmânia. Depois de Sydney, é a cidade mais importante da Austrália. Tem clima temperado, com chuvas em todas as estações. A temperatura média é de 10o C no inverno e 20o C no verão. A área metropolitana de Melbourne, atravessada pelo rio Yarra, ocupa a parte plana da cidade, no norte da baía de Port Phillip, com altitude aproximada de 120m acima do nível do mar. A periferia urbana, onde vive setenta por cento da população do estado de Vitória, inclui as áreas vizinhas a Melbourne, que mantêm estreitas relações econômicas e sociais com a cidade.

África do Sul: Cidade do Cabo

A "cidade mãe" da África do Sul, como é conhecida a Cidade do Cabo, se estende entre a baía que lhe dá o nome e a montanha da Mesa.

Capital legislativa da África do Sul e da província do Cabo, a cidade se ergue no extremo setentrional do cabo da Boa Esperança. O afundamento do navio holandês Haerlem, da Companhia das Índias Orientais, levou os náufragos a se instalarem no lugar. Resgatados e repatriados, sua descrição daquelas terras levou o governo dos Países Baixos a fundar um porto de escala naquele litoral. Para essa missão foi designado, em 1652, Jan van Riebeeck.

Coréia do Sul: Seul

Grande centro comercial e industrial moderno, Seul (sede, em coreano) mantém desde o século XIV sua condição de centro governamental da Coréia do Sul. A zona desmilitarizada criada no século XX entre a Coréia do Norte e a do Sul ocupa parcialmente a foz do rio Han, o que diminuiu a importância de Seul como porto fluvial.

Capital da República da Coréia (Coréia do Sul), Seul situa-se na província de Keiki, a sessenta quilômetros do mar Amarelo. Ocupa as duas margens do rio Han e dista quarenta quilômetros de Inchon, porto marítimo mais próximo.

Egito: Cairo

Rico em monumentos históricos de distintas épocas, o Cairo combina as ruas sinuosas e as mesquitas de seus antigos bairros árabes com os modernos edifícios e avenidas da área nova.

Cidade mais populosa da África e do mundo árabe, o Cairo é a capital do Egito. Localiza-se às margens do rio Nilo, a vinte quilômetros do delta. O clima da cidade, situada nas vizinhanças do deserto, é quente durante o dia, refrescando à noite graças à brisa proveniente do Nilo. São alcançadas temperaturas máximas de 35o C em julho e mínimas de 13o C em janeiro, com médias anuais de 22o C. Chove muito pouco.

A cidade tem origem na fundação, pelo general árabe Amr ibn al-As, no ano 641, da cidade de Fustat, núcleo do posterior desenvolvimento cairota. Depois que os fatímidas ascenderam ao poder, o general Yawhar construiu perto dali, entre os anos 969 e 972, a cidade do Cairo (em árabe, al-Qahira, "a Vencedora"), que se converteu em residência da dinastia governante e sua corte. Mais tarde o primeiro califa aiúbida, Saladino, uniu ambas as cidades, Cairo e Fustat, num só espaço urbano, que se converteu em importante centro econômico.

China: Pequim

Os monumentos de Pequim resumem cerca de nove milênios de história chinesa. Todavia, a cidade expandiu-se e desenvolveu-se extraordinariamente na segunda metade do século XX. Essa união do milenar com o contemporâneo tornou-a um dos símbolos da República Popular da China.

Capital da China, Pequim (ou Beijing, na transliteração pinyin) situa-se no nordeste do país, no interior da província de Hebei, a cerca de 160km do golfo de Bo (Chihli). A área onde se ergue a cidade de Pequim foi habitada por alguns dos mais remotos antepassados da espécie humana, como o denominado "homem de Pequim" (Homo erectus pekinensis), cujos restos, encontrados na aldeia de Zhoukoudian (Chou-k'ou-tien), remontam a cerca de 500000 a.C. Na antiguidade, a região era atravessada por caravanas que transitavam entre o interior da China e a Manchúria, o que lhe conferiu grande importância estratégica e comercial.

Japão: Tóquio

Uma enorme conurbação, geralmente denominada área metropolitana Tóquio-Yokohama, circunda Tóquio, capital do Japão e principal centro econômico e cultural do país.

Tóquio situa-se na baía de mesmo nome, voltada para o oceano Pacífico, na região central da grande ilha de Honshu. Faz parte da maior zona industrial do Japão, e sua área metropolitana compreende outras nove cidades, entre as quais figura Yokohama, onde se localiza o principal porto do país. O clima de Tóquio é temperado. Entre janeiro e março registram-se algumas nevadas, mas o verão é quente e úmido. As chuvas caem com mais intensidade no início do verão e em meados do outono, estação em que é comum ocorrerem dois ou três tufões todos os anos.

A região leste da atual Tóquio chamou-se originalmente Edo (estuário), cidade cuja história tem início em 1456, quando se construiu o primeiro castelo no local correspondente ao do atual palácio. No fim do século XVI era uma pequena vila de pescadores. O castelo teve diversos senhores antes de pertencer a Ieyasu Tokugawa, que, ao se tornar xógum em 1603, escolheu a cidade como sede administrativa do governo militar. Durante o século XVII o antigo castelo foi reconstruído e ampliado e lançaram-se as fundações da cidade, que se tornou a residência de toda a hierarquia Tokugawa.

Grécia: Atenas

Berço da civilização ocidental, a cidade que foi mãe ou protetora de gênios universais das artes, da literatura, da filosofia e da política é hoje uma encruzilhada das culturas e estilos de vida da Europa e do Oriente.

Atenas fica numa árida planície da região da Ática, não muito longe da costa do mar Egeu. Seu clima é benigno, tipicamente mediterrâneo, com temperaturas médias que oscilam entre 0o C no inverno e 37o C no verão.

A história continua presente na moderna Atenas, capital da Grécia. Como maior símbolo de seu glorioso passado cultural, a Acrópole exibe as soberbas ruínas de seus edifícios, dominados pela silhueta do Pártenon, o templo erguido no século V a.C., em homenagem a Atena Parthenos, a quem era dedicada a cidade. Esse passado histórico e lendário deixou uma viva marca na vida dos atenienses, inclusive em sua maneira de ser.

EUA: Las Vegas

Situada na aridez do deserto, Las Vegas recebe turistas de todo o mundo, atraídos por seus cassinos e hotéis de luxo, abertos durante todo o ano.

Las Vegas é sede do condado de Clark e principal cidade do estado de Nevada, Estados Unidos. Registra temperaturas médias de 10° C em janeiro e 30° C em julho. O índice anual de precipitações é inferior a 50mm. Seus primeiros povoadores foram mórmons vindos em 1855, atraídos pelas fontes artesianas da região. O nome deriva do espanhol "vega" (várzea). 

Austrália: Sydney

Criada como colônia penal no começo do século XIX, Sydney foi o ponto de irradiação do povoamento da Austrália e tornou-se a maior cidade do país, além de um dos principais portos do Pacífico.

Sydney é a capital do estado de Nova Gales do Sul e situa-se na parte leste da enseada de Port Jackson, junto ao oceano Pacífico, na costa sudeste australiana. Apresenta clima subtropical, com temperatura média anual de 17,3o C.

O capitão James Cook descobriu a magnífica baía de Port Jackson em 1770, mas não a explorou. Em 1788, o almirantado britânico enviou uma frota sob o comando do governador Arthur Phillip, que escolheu uma parte da enseada para sítio do primeiro povoamento australiano, com o nome de Sydney, em homenagem ao Lord Thomas Townshend Sydney, então secretário de Interior.

México: Cancun

Cancún localiza-se em uma península na costa do estado de Quintana Roo, no México. Um dos centros turísticos mais importantes do mundo, contempla uma preservada simbiose entre suas belezas naturais e sua cultura ancestral -- representada especialmente pela civilização maia.

Possui cerca de 22 quilômetros de praias de areia fina, divididos entre a lagoa e o mar. Suas fantásticas ruínas, lindas praias, exuberante vegetação, os parques repletos de entretenimento, o ótimo clima, a incrível fauna marinha, a estrutura hoteleira e a noite agitada fazem de Cancún um dos destinos turísticos mais visitados do planeta.

México: Cidade do México

Edificada sobre as ruínas da antiga Tenochtitlan dos astecas, a Cidade do México, uma das maiores cidades do mundo no final do século XX, é uma megalópole em que se entrelaçam três culturas, a indígena, a colonial e a contemporânea.

A Cidade do México, capital e principal cidade do México, situa-se numa bacia lacustre do vale Anáhuac, no planalto mexicano, centro-sul do país, a 2.400m de altitude e cercada de altas montanhas, entre as quais sobressaem os vulcões Popocatépetl (5.452m) e Iztaccíhuatl (5.286m). Em suas imediações estão os lagos Chalco, Texcoco, e Xochimilco, cujas águas recobriam outrora quase todo o vale. O clima da região é saudável, com médias térmicas anuais de 15o C e índice pluviométrico de 579mm.

Inglaterra: Londres

"Quando um homem está cansado de Londres, está cansado da vida, porque em Londres há tudo o que a vida pode oferecer." Nessas palavras do escritor britânico Samuel Johnson se resume a diversidade da capital do Reino Unido.

Londres situa-se às margens do rio Tâmisa, no sudeste da ilha da Grã-Bretanha, ao longo de 64km rio acima a partir do estuário. Além de capital do Reino Unido, a cidade é sede da Comunidade Britânica de Nações. A Grande Londres tem forma ovalada e, no núcleo central, que ocupa aproximadamente um sexto da área total, está a City, coração da cidade, onde se encontram os locais históricos e as instituições financeiras. Dentro da divisão territorial do país, a cidade compreendia tradicionalmente o condado de Londres, criado em meados do século XIX para dar unidade administrativa ao conjunto urbano (formado pela City e 28 distritos metropolitanos), e parte dos condados limítrofes. Em abril de 1963, a cidade ganhou um novo plano administrativo, pelo qual os condados de Londres e Middlesex formaram a Grande Londres, com 32 distritos e a City. A Grande Londres se estende por ambos os lados do Tâmisa num raio de mais de 25km.

EUA: Miami

Uma das cidades que mais rapidamente se transformaram no mundo ocidental, em apenas um século Miami se converteu numa das mecas internacionais do turismo, graças a seu dinamismo cultural, comercial e político.

Situada no sudeste da península da Flórida, nos Estados Unidos, Miami é sede do condado de Dade e está localizada na baía Biscayne, na foz do rio Miami, à margem do Atlântico. A área metropolitana inclui outras cidades, como Miami Beach, Coral Gables e diversos municípios menores. O clima é subtropical, com verões quentes e úmidos e invernos suaves e secos. A corrente do golfo e os ventos de sudeste acarretam temperaturas médias de 19o C no inverno e 27,5o C no verão.

O nome da cidade deriva de Mayaimi, que quer dizer "água doce" ou "água grande" na língua dos índios tequesta, que os espanhóis encontraram ao chegar à Flórida no século XVI. Para subjugar os nativos, fundaram uma missão religiosa em 1567, que na verdade serviu para proteger a rota dos navios que levavam tesouros para a Espanha e para socorrer as vítimas de naufrágios causados pelos recifes da Flórida.

França: Paris

Cidade de rara beleza arquitetônica e urbanística, Paris viveu e encarnou todos os passos decisivos da história da França. Durante séculos se manteve como o centro urbano de maior influência cultural e política, não apenas sobre a Europa como sobre os outros continentes, a ponto de merecer, com freqüência, o epíteto de "capital do mundo".

Paris, capital da França, localiza-se na parte central da região norte do país. É cortada pelo rio Sena, que forma as ilhas da Cité e de Saint-Louis e divide a metrópole em duas partes. Estende-se por uma superfície de 105km2 (além de 2.100km2 da área metropolitana, ou "Grande Paris"). Sua região é integrada por oito departamentos, numa planície limitada, ao sul, pelas colinas de Butte-aux-Cailles e Sainte-Geneviève e, ao norte, pelas de Ménilmontant, Belleville, Montmartre e Passy. O clima é temperado oceânico, com verões relativamente quentes e invernos pouco rigorosos. Sua privilegiada localização como encruzilhada natural conferiu-lhe importância comercial e política desde a antiguidade.

Itália: Roma

A história de Roma, chamada com justiça de "Cidade Eterna", é ainda mais extraordinária do que o mito de sua fundação pelos gêmeos Rômulo e Remo: durante mil anos, ela presidiu ao destino do mundo mediterrâneo, forjou a civilização européia, substituiu o poderio político pelo espiritual e se transformou em centro religioso, cultural e artístico de primeira grandeza.

Capital da Itália e da província do mesmo nome, Roma está localizada na parte central do país, às margens do rio Tibre, que atravessa a cidade de norte para sul, a apenas 24km do mar Tirreno. A cidade se estende por sete colinas, situadas à margem esquerda do Tibre: Capitólio, Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino. A mais elevada, Capitólio, tem 69m de altitude, mas o ponto mais alto da cidade é o monte Mário, na margem direita do Tibre, com 146m.

O clima da cidade é mediterrâneo, mas se beneficia da proximidade do mar, e a temperatura média anual é de 15,4°C. Os dias quentes e secos do verão, quando as temperaturas podem passar de 24,5°C, são muitas vezes amenizadas de tarde pelo ponentino, vento que sopra do mar. A média térmica do mês mais frio, janeiro, é de 7°C. Sopra então o tramontana, vento tempestuoso do norte. A precipitação média anual é de 840mm, dos quais mais de oitenta por cento se verificam nos meses de setembro a abril. As estações mais úmidas são a primavera e o outono.