quarta-feira, 19 de maio de 2010

Conhecido como 'fim do mundo', Cabo Horn desperta o espírito desbravador nos turistas


Cada um tem em seu imaginário uma idéia própria do que pode ser considerado o “fim do mundo” – um lugar isolado, cenário inóspito, com o horizonte vazio –, mas esta definição já foi atribuída a uma região no sul da América Latina: o Cabo Horn. Situado no Estreito de Drake na Terra do Fogo, em território chileno, o local é o ponto de encontro entre os oceanos Atlântico e Pacífico. É o último pedaço de terra habitado no extremo sul antes de chegar a Antártica (com exceção de suas bases de pesquisa), ou seja, o lugar mais austral da América.

Além de ter sido declarado Reserva da Biosfera pela Unesco, o Cabo Horn cultiva um mito por ser também um local de difícil acesso. Desde 1616, quando foi descoberto, é uma rota de navegação importante para as embarcações que navegam entre os dois oceanos, mas extremamente perigosa. Os ventos ali podem chegar até 200km/h e derrubar até o navio mais bem equipado – não é a toa que em suas imediações há mais de 100 embarcações naufragadas.

Mesmo assim – ou talvez justamente por isso –, a idéia de alcançar o Cabo Horn ainda seduz muitos aventureiros. Uma das poucas opções oferecidas ao turista é integrar a expedição do Cruzeiro Australis, que tem em sua rota uma parada no “fim do mundo”. O navio parte de Ushuaia (Argentina) e de Punta Arenas (Chile) e visita algumas ilhotas da Terra do Fogo, como Isla Magdalena e Baía Wulaia. O ponto alto do passeio é mesmo o Cabo Horn, onde os que estão a bordo do navio sentem a emoção de estar em alto mar e em um lugar especial.

O desembarque no local só é feito se a velocidade do vento não ultrapassar os 60km/h. Em uma madrugada com ventos de 120km/h, dá para sentir algo semelhante à adrenalina que algum navegador de outro século experimentou quando passou por lá. Não se vê o céu, o vento toma forma de nuvem e ganha cor branca de tão espesso que fica ao se misturar com a chuva e a neve e o balanço do mar faz chacoalhar tudo o que está na sua cabine – e se você for sensível, seu estômago acompanha o movimento.

Por isso, viajar até lá infelizmente não garante que vá pisar no ponto mais ao sul da América. Alguns compram o pacote de ida e volta do cruzeiro para ter mais chances de desembarcar no Cabo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Esbanjando história, Londres busca o novo criando atrações

À beira do rio Tâmisa, Londres, com seus 8 milhões de habitantes, já foi Londinium, quando em 55 a.C., o exército romano invadiu a região e se instalou em Southwark, bairro onde atualmente estão a galeria de arte Tate Modern, uma recriação do teatro shakespeareano The Globe e a roda-gigante London Eye.

Na marcha dos acontecimentos que edificaram a metrópole (cujos sites de turismo oficiais são www.visitbritain.com.br e www.visitlondon.com), um turbilhão de acontecimentos políticos e culturais colocaram a capital do Reino Unido no centro do mundo.

Invadida pelos normandos, em 1066; Londres teve na Torre de Londres uma das mais temíveis masmorras da Europa na Era Elisabetana (1558-1603); esteve no epicentro de uma guerra civil, deflagrada em 1642; enfrentou a peste negra e ardeu em chamas, em 1666; e foi a capital de um império "onde o sol nunca se punha", no reinado da rainha Vitória, que durou 63 anos, de 1837 a 1901.

Pioneira, inaugurou seu metrô, na verdade um trem subterrâneo (ou "Underground Railway"), já em 1863. Incansável, ouviu o poeta -- e autor do primeiro dicionário de língua inglesa -- Samuel Johnson (1709-1784) cunhar o bordão "quem se cansa de Londres, se cansa da vida".

sábado, 15 de maio de 2010

As dez melhores rotas internacionais para dirigir

A vida é uma jornada, e para aqueles viajantes que preferem fazer esse percurso de carro, o site Askmen.com criou uma lista com as dez melhores rotas internacionais para dirigir fora dos Estados Unidos.

"Estar atrás do volante é ao mesmo tempo relaxante e revigorante. Some limites de velocidades brandos ou inexistentes à excelente geografia e enriqueça sua alma", disse o site.

1. Baja California Sur, México
Esta rota não é para o motorista casual. Na verdade, se você tem receio de pegar uma estrada estreita, de duas mãos, cheia de obstáculos, desfaça as malas. Por outro lado, se você tem instinto aventureiro e está bem preparado, dê uma chance. A melhor estrada em Baja California Sur é a Rodovia 1, o que não quer dizer muita coisa: esta não é uma rota que você pega para evitar buracos do tamanho de crateras ou para chegar a Cabo San Lucas rapidamente. Muitos não recomendam dirigir à noite, enquanto outros sugerem manter a velocidade em 80 km/h. De qualquer modo, se você é um motorista habilidoso com um carro razoavelmente resistente, experimente esta rota. Você será recompensado com ótimo clima e excelentes paisagens.

2. Norte da Tunísia
O Norte da Tunísia tem algumas estradas montanhosas divertidas que valem a pena o passeio. Esta não é uma área para um carro frágil e exótico já que é fácil encontrar estradas com qualidade questionável, às vezes pouco sinalizadas. Normalmente, as P5 e P17 são boas apostas, apesar de estarem sempre sujeitas a mudanças. E mesmo que você esteja percorrendo um trecho tranquilo, o tráfego local algumas vezes evolui com a urgência de uma tartaruga artrítica. A compensação é um caminho marcante com uma paisagem única. Parte disso se dá pela quantidade de ruínas de vilas romanas espalhadas pela região.

3. Província do Cabo Oeste, África do Sul
Se você acha que a única forma de dirigir ali é em uma Land Rover num safári, pense melhor. Apesar das estradas rurais, as maiores vias do país são razoavelmente bem conservadas. As N1, N2 e N7, em Cabo Oeste, são ótimas rotas, com limites de velocidade de 120 km/h. Mas, cuidado: preste atenção nos animais que costumam circular pelas estradas. Dirigir pelo Atlântico Sul e pelo Cabo da Boa Esperança lembra o Mediterrâneo.

4. M8, Escócia
O Reino Unido tem diversas estradas tentadoras para dirigir com empolgação, e a Escócia é frequentemente ignorada. A geografia diversificada do país se divide entre montanhas, planícies centrais e planaltos ao sul, geralmente marcados por transições abruptas. Uma passagem montanhosa, conhecida como "Descanse e agradeça" era notória por fazer com que os veículos superaquecessem pelo menos uma vez durante o percurso. A M8 é a maior via expressa, ainda que você talvez queira explorar algumas das boas estradas secundárias, seja para ver um castelo, seja só para correr um pouco.

5. Kumamoto, Japão
Apesar de sua densidade populacional, o Japão tem outro lado. Na área rural montanhosa, as pessoas podem se sentir seguras enquanto a vida se move em câmera lenta. Ali você também encontrará algumas estradas cinematográficas, bem conservadas e para viajar rapidamente. Por exemplo, dirigir pela via Kyushu em Kumamoto, na ilha de Kyushu, é quase como viajar pelo tempo. Nesta área, em que se considera que a civilização japonesa tenha surgido, você terá a oportunidade de presenciar vistas maravilhosas assim como arquitetura tradicional.

6. Estradas costeiras, Portugal ou Espanha
Quando um fabricante de automóveis europeu organiza um lançamento para a imprensa e apresenta seu carro para os jornalistas, é normalmente em Portugal ou Espanha. Para alguns, isso pode ser confuso. A Espanha é conhecida por seu rigoroso cumprimento às extensas leis de trânsito. Enquanto em Portugal esse rigor faria bem, já que o país é criticado por suas estradas ruins e até por hábitos de trânsito negativos. Na realidade, os guardas da Espanha ajudam a manter uma rodovia menos estressante, permitindo que você realmente entre na paisagem. Além disso, Portugal tem realizado melhorias nas vias e dos motoristas.

7. Estrada Great Ocean, Austrália
Victoria abriga esta grande estrada, com vistas que vão de estâncias turísticas e faróis a floresta Otways. Você vai se deixar levar pelo Oceano Antártico das praias entre Lorne e Apollo Bay, e as ondas enormes da praia de Bells são um sonho para os surfistas. Ainda há os Doze Apóstolos, que são montes de pedras calcárias incríveis que saem da água no parque nacional Port Campbell, entre Princetown e Peterborough. Concluída em 1932, a estrada Great Ocean é um grande orgulho para os australianos e uma via divertida para turistas do mundo todo.

8. Viaduto de Millau, França
A área em torno da cidade de Millau, no sul da França, é uma maravilha para dirigir. Estradas do Maciço Central oferecem todos os desníveis e curvas que os motoristas desejam, mas o que realmente faz esta estrada ser fora do comum é o aço. Competindo efetivamente com a vista impressionante está o viaduto de Millau. A maior parte dos aficionados por carros não costuma ficar empolgado com pontes, mas esta não é uma ponte comum. Por apenas $ 5, você pode atravessar esta via de quatro pistas que alcança 341 metros de altura e é o ponto mais alto sobre o rio Tarn.

9. Bolonha, Itália
Já foi dito que um carro tem melhor performance em sua própria casa e que reflete a personalidade das pessoas que o construíram. É definitivamente o caso da província de Bolonha, na Itália --a região em que a Ferrari, a Lamborghini e a Maserati fazem sua mágica acontecer. Achar seu caminho entre ruas estreias de vilas e montanhas dá a sensação de estar competindo na corrida de Mil Milhas --a versão moderna das corridas que acontecem na região. Só tenha em mente que a A13 e outras estradas têm limites de velocidade de 130 km/h para carros com motores de pelo menos 1.1 litro. A guarda local é conhecida como tolerante, mas nem sempre. Para ter a melhor experiência dirigindo em Bolonha, ou em qualquer lugar, pegue as "strade bianchi", ou estradas do interior.

10. Autobahn, Alemanha
Será que os fabricantes de automóveis Audi, BMW, Mercedes-Benz e Porsche produziriam algo impressionante se não tivessem a Autobahn no seu jardim? Desde que o primeiro trecho, de Bonn a Cologne, foi concluído, em 1932, o sistema rodoviário alemão Autobahn se tornou lendário por proporcionar emoções sem limites --ou algo assim. Isso normalmente gera confusão, mas apenas metade do sistema não tem limites de velocidade. As Autobahns suíça e austríaca também medem a velocidade, então nem tente bancar o turista desinformado com as autoridades. Em vez disso, parta para o sul da Alemanha, onde você encontrará a maior parte dos trechos sem limites de velocidade.

Fonte: 'Reuters Life' (lista não é endossada pela 'Reuters')

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Decifre Londres

Repleta de atrações culturais e empenhada em driblar uma crise que desvaloriza a libra esterlina, a capital britânica já se prepara para os Jogos Olímpicos de 2012

Metida num impasse político depois da derrota nas urnas do primeiro-ministro trabalhista Gordon Brown, na quinta-feira passada, mas esbanjando musculatura no quesito agitação cultural, Londres prepara os Jogos Olímpicos de 2012 (www.london2012.com) em meio a um turbilhão de acontecimentos nem tão festivos.

O partido do conservador David Cameron foi o mais votado nas eleições, conquistando 306 assentos no Parlamento -não obteve, no entanto, os 326 necessários para formar um novo governo- e negociou até anteontem, quando, atendendo pedido da rainha Elizabeth 2ª, aceitou montar um governo em coalizão com os liberais-democratas que põe fim a 13 anos de gestão trabalhista. 

Diferenças ideológicas entre trabalhistas, conservadores e liberais-democratas à parte, os ingleses acham imperioso reduzir o défict público e evitar a estagnação econômica, driblando o fantasma da crise que ronda o Reino Unido e até mesmo algumas de suas lendárias instituições bancárias.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

BuildingsNY & GreenbuildingsNY - Nova Iorque

Entre 16 e 17 de junho de 2010 acontecerão, em Nova Iorque, duas dois principais eventos do planeta no setor de arquitetura e construção: BuildingsNY e GreenbuildingsNY. Voltadas, além do mercado tradicional, especialmente à 'construção verde', destacam: responsabilidade ambiental e ecológica, uso racional e eficiente de energia e recursos naturais, tecnologias, estratégias, serviços, produtos e assuntos relacionados. 

O Departamento Comercial dos EUA promoverá a Delegação Oficial brasileira para prestigiar as feiras. Aos participantes da Delegação Oficial do consulado dos EUA, oferecem-se diversas facilidades exclusivas, desde a possibilidade de agendamento para requisição do visto aos EUA até o acompanhamento de inérprete para reuniões. Oportunidade única aos profissionais da área interessados em estar a par para com o mundo as novas tendências da construção e da arquitetura.

Delegação Oficial dos EUA para a GreenbuildingsNY 2010
GreenbuildingsNY
Serviço Comercial dos EUA no Brasil

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Cidade do México: Roteiro para além de estereótipos

Esqueça estereótipos e conheça a real Cidade do México em 36 horas

Pobre Cidade do México. Quando estava começando a atrair de volta os viajantes com novos hotéis bacanas, uma florescente cena de arte contemporânea e níveis de poluição quase suportáveis, a escalada da violência das drogas no México se transformou em notícia de primeira página. Então a capital se tornou um epicentro de gripe suína. De repente, atravessar a fronteira deixou de parecer uma ideia inteligente. Pronto para a verdade? O momento de visitar esta megacidade – cerca de 20 milhões de pessoas moram na área metropolitana – raramente foi melhor. Ávida em atrair de novo as pessoas, os hotéis de luxo estão oferecendo pacotes especiais com descontos de até 65% nas diárias. Mais restaurantes, hotéis e galerias de arte surgiram em bairros chiques como Condesa e Roma. E a Cidade do México provavelmente nunca esteve tão limpa: até mesmo os vendedores ambulantes agora transportam grandes frascos de desinfetantes para as mãos.

Uruguai: Montevidéu

A pujança cultural de Montevidéu contrasta com o reduzido tamanho e incipiente industrialização do Uruguai. A arquitetura e os hábitos cosmopolitas da população lhe conferem uma atmosfera de cidade européia, que as crises econômicas e políticas do país não conseguiram apagar.

Montevidéu, capital do Uruguai e do departamento de Montevidéu, situa-se na margem leste do rio da Prata, a 180km do oceano Atlântico, junto à baía de Montevidéu. O clima é úmido e temperado. A topografia é levemente ondulada, com altitude média de 22m.