segunda-feira, 10 de maio de 2010

Áustria: Viena

Por sua tradição histórica, arquitetônica e musical, Viena foi, até a primeira guerra mundial, uma das cidades mais importantes do mundo.

Viena (em alemão, Wien) é a capital da Áustria, como foi antes do Sacro Império Romano-Germânico e dos impérios austríaco e austro-húngaro. Circundada por colinas, situa-se numa planície às margens do rio Danúbio, que por muitos séculos foi a fronteira do Império Romano. A zona mais alta é o bosque de Viena, que desce bruscamente em direção ao rio; formam-se na encosta quatro plataformas mais ou menos semicirculares.

Antiga Vindobona, importante povoado celta, Viena tornou-se poderoso campo militar romano e centro comercial de destaque, por ser o cruzamento de importantes vias de circulação fluvial e terrestre. Arruinada pelas grandes invasões bárbaras, Viena conheceu nova expansão no século VIII. Em 1142 tornou-se a capital do ducado da Áustria, sob o domínio da casa de Babenberg, e começou a ganhar a aura de centro cultural e espiritual que faria sua glória. Entre 1198 e 1230 conheceu grande florescimento sob Leopoldo VI, que fez de sua corte o centro dos trovadores. O imperador Frederico II concedeu-lhe o privilégio de cidade livre e em 1282 Viena tornou-se residência oficial da casa de Habsburgo.

Devido a sua posição estratégica, foi atacada repetidamente pelos turcos. Duas vezes ocupada por Napoleão, em 1805 e 1809, tornou-se o centro diplomático da Europa de 1814 a 1815. Antes da primeira guerra mundial, Viena comparava-se a Londres, Paris e Berlim, mas o desmoronamento do império Habsburgo interrompeu seu crescimento. De 1938 a 1945, com a anexação da Áustria à Alemanha nazista, sofreu os efeitos da guerra. Com a vitória dos aliados, voltou a ser a capital da Áustria.

A economia de Viena desenvolveu-se a partir do século XVIII, depois do desaparecimento do perigo de invasão otomana. A cidade dispõe hoje de um importante parque industrial, em que sobressaem fábricas de máquinas, papel, tecidos, produtos metalúrgicos, químicos, farmacêuticos e elétricos. Produz ainda objetos de luxo e artísticos que lhe deram antiga fama. Encruzilhada de ferrovias e rodovias, Viena mantém ativo tráfego no Danúbio. Seu aeroporto internacional fica a 18km do centro.

Capital musical da Europa, Viena abrigou compositores como Haydn, Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, a família Strauss, Mahler, Schoenberg e outros. Por volta de 1820, algumas das valsas mais célebres do mundo foram criadas em Viena; logo depois nasceu na cidade a opereta. Entre as instituições de ensino destaca-se a Universidade de Viena, de 1365. A cidade conta com numerosas instituições culturais e mais de trinta museus, um dos quais é a residência de Sigmund Freud. Os tesouros dos imperadores, uma coleção impressionante, são conservados no complexo do palácio de Hofburg.

Viena conserva grande número de monumentos que testemunham seu esplendor imperial. Entre os religiosos, destaca-se a famosa catedral de Santo Estêvão, dos séculos XII e XIII, uma das principais construções góticas da Europa, e as igrejas dos Frades Menores e de Santa Maria, do século XIV. Também de origem medieval, embora com restaurações e acréscimos posteriores, é o palácio imperial de Hofburg; da época de Leopoldo VI, é um dos mais notáveis conjuntos arquitetônicos da Europa. O barroco começou a aparecer no final do século XVII e deu origem à "arquitetura do Ring", termo que identifica o estilo dos edifícios que margeiam a Ringstrasse. São exemplos os palácios Harrach e Kinsky, o de Inverno e o imponente Belvedere.


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