segunda-feira, 10 de maio de 2010

Egito: Cairo

Rico em monumentos históricos de distintas épocas, o Cairo combina as ruas sinuosas e as mesquitas de seus antigos bairros árabes com os modernos edifícios e avenidas da área nova.

Cidade mais populosa da África e do mundo árabe, o Cairo é a capital do Egito. Localiza-se às margens do rio Nilo, a vinte quilômetros do delta. O clima da cidade, situada nas vizinhanças do deserto, é quente durante o dia, refrescando à noite graças à brisa proveniente do Nilo. São alcançadas temperaturas máximas de 35o C em julho e mínimas de 13o C em janeiro, com médias anuais de 22o C. Chove muito pouco.

A cidade tem origem na fundação, pelo general árabe Amr ibn al-As, no ano 641, da cidade de Fustat, núcleo do posterior desenvolvimento cairota. Depois que os fatímidas ascenderam ao poder, o general Yawhar construiu perto dali, entre os anos 969 e 972, a cidade do Cairo (em árabe, al-Qahira, "a Vencedora"), que se converteu em residência da dinastia governante e sua corte. Mais tarde o primeiro califa aiúbida, Saladino, uniu ambas as cidades, Cairo e Fustat, num só espaço urbano, que se converteu em importante centro econômico.

No final da época dos califados, em meados do século XVIII, os mamelucos (sultões originários de uma casta militar que tomou o poder) ergueram grandiosos monumentos. Depois da conquista turca, em 1517, a cidade não experimentou alterações notáveis até o século XIX. Em 22 de julho de 1798, a vitória de Napoleão nas pirâmides abriu as portas do Cairo aos franceses, que lá permaneceram até 1801. Mais tarde o chefe turco Mehmet Ali e seus sucessores realizaram uma série de obras de engenharia para o saneamento da cidade. Em 1882 ela caiu sob o domínio britânico, do qual se libertou em 1946.

Em 1943, durante a segunda guerra mundial, o Cairo foi a sede da conferência sobre a guerra contra o Japão que reuniu Churchill, Roosevelt e Chiang Kai-shek; dois anos mais tarde lá foi fundada a Liga Árabe. Com a subida de Nasser ao governo do Egito, o Cairo se converteu em capital do pan-arabismo e em uma das mais importantes cidades do Terceiro Mundo. Entre 1957 e 1964, a capital egípcia foi sede da conferência dos países afro-asiáticos, da Organização para a Unidade Africana (OUA) e dos países não-alinhados, e em 1977 acolheu a conferência de paz para o Oriente Médio.

Descrição urbana. A parte moderna da cidade, na zona oeste, está rodeada pelos três bairros mais antigos do Cairo, que constituem uma grande aglomeração humana. O maior desses bairros é a antiga cidade fatímida, onde se encontram as mesquitas de Baybars e a fortaleza de Saladino. A cidade moderna, Azbakiyá, e suas zonas residenciais e comerciais, contrastam fortemente com os bairros onde vivem as classes populares, tais como a Cidade da Morte, onde são muitas as mesquitas e os mausoléus. A principal via pública da cidade, al-Qurnish, corre paralela ao Nilo. As duas ilhas situadas no centro do rio, Yazira e Roda, são zonas residenciais e recreativas.

A economia local se baseia no comércio e na indústria (manufaturas têxteis, ferro e aço, produtos alimentícios e bens de consumo). Destaca-se também o artesanato tradicional. Além de concentrar as funções administrativas do país, o Cairo é o grande centro cultural e de ensino superior do Egito, sendo sede da universidade e de 19 museus, entre eles o Museu do Cairo. Sua indústria cinematográfica produz mais de cem filmes por ano.

A arquitetura cairota é rica e diversificada, com edifícios do antigo Egito, romanos, árabes, turcos e contemporâneos, e a cidade possui mais de 400 monumentos históricos catalogados. A sudeste da metrópole estão as pirâmides de Gizé.


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