segunda-feira, 10 de maio de 2010

Emirados Árabes: Dubai

Banhado pelo Golfo Pérsico, Dubai é um dos sete emirados que formam os Emirados Árabes Unidos. Enquanto Abu Dhabi, é o maior e mais rico dos emirados, com imensas reservas de petróleo, Dubai, que possui reservas menores, previstas para esgotar ainda nessa década, luta para se manter como um importante centro de comércio no Oriente Médio e investe pesadamente também para consolidar-se como destino turístico.

Com aproximadamente 2.262.000 habitantes, localiza-se na costa sul do Golfo Pérsico na Península Arábica. O município muitas vezes é chamado de "Cidade de Dubai" para diferenciá-lo do emirado de mesmo nome. Dubai é conhecida mundialmente por ser extremamente moderna, "futurista" e com enormes arranha-céus e largas avenidas.

Existem registros da existência da cidade pelo menos 150 anos antes da formação dos EAU. Dubai divide funções jurídicas, políticas, militares e econômicas com os outros emirados, embora cada emirado tenha jurisdição sobre algumas funções, tais como a aplicação da lei civil e fornecimento e manutenção de instalações locais. Dubai tem a maior população e é o segundo maior emirado por área, depois de Abu Dhabi.[2] Dubai e Abu Dhabi são os únicos emirados que possuem poder de veto sobre questões de importância nacional na legislatura do país. Dubai tem sido governado pela dinastia Al Maktoum desde 1833. O atual governante de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, é também o Primeiro-Ministro e Vice Presidente dos Emirados Árabes Unidos.

A receita do emirado é proveniente do turismo, comércio, setor imobiliário e serviços financeiros.[3] As receitas de petróleo e gás natural contribuem com menos de 6% (2006)[4] do PIB de US$ 37 bilhões da economia de Dubai (2005).[5] O setor imobiliário e da construção, por outro lado, contribuiu com 22,6% da economia em 2005, antes do atual boom da construção em larga escala.[6] Dubai tem atraído atenção através dos seus projetos imobiliários [7] e acontecimentos esportivos. Esta maior atenção, coincidindo com o seu aparecimento como um concentrador de negócios mundial, pôs em destaque questões dos direitos humanos relativas à sua mão-de-obra em grande parte externa.

Tanto investimento vem a cada dia transformando Dubai em sinônimo de modernidade, qualidade e elegância. Grandes redes hoteleiras instalam em hotéis arrojados e luxuosos. Restaurantes excelentes, praias maravilhosas, condomínios luxuosos, marinas, imensos shoppings, são atrativos de sobra para tornar Dubai um destino a ser conhecido e desfrutado em alto estilo.

Meca do consumo no Oriente Médio, Dubai é uma cidade-Estado planejada para estarrecer os visitantes. São tamanhos e formatos grandiosos, em hotéis e centros comerciais reluzentes, numa colagem de estilos e atrações que parece testar diariamente os limites da arquitetura voltada para o lazer.

O maior shopping do tórrido Oriente Médio abriga uma pista de esqui, a orla do golfo Pérsico ganha milionárias ilhas artificiais, o centro financeiro anuncia para breve a torre mais alta do mundo (a Burj Dubai) e tem ainda o projeto de um campo de golfe... coberto! Coberto e refrigerado, para usar com sol e chuva, inverno e verão.

Com tantas ousadias e todos os recursos que os petrodólares podem comprar, Dubai converteu-se recentemente no pólo turístico mais vistoso e futurista da ancestral cultura islâmica. Entre os turistas brasileiros, o crescimento foi de 106% em 2007, comparado com o ano anterior.

A maior parte da população de 1,5 milhão de habitantes é estrangeira, o que torna o inglês um idioma corrente, junto da língua árabe oficial. A imigração em massa de indianos e paquistaneses para os canteiros de obras que erguem a Dubai do futuro rendeu uma estatística curiosa: as mulheres são apenas 25% dos moradores. Mas elas chamam bastante a atenção dos ocidentais, sempre vestidas com longas roupas pretas (as abbayas) quando saem de casa, como mandam os costumes nos Emirados Árabes Unidos.

Uma decisão importante a ser tomada pelo viajante é quando ir, dadas as diferenças de temperatura e comportamento social previstas no calendário. No mês do Ramada, festa religiosa, os muçulmanos fazem jejum durante o dia, e a rotina de bares, restaurantes e passeios turísticos pode sofrer alterações radicais.

Os meses mais quentes do verão, julho e agosto, trazem prós e contras. Os preços dos pacotes caem porque os hotéis dão grandes descontos, a fim de atrair visitantes para uma temperatura insalubre que chega a máximas de 45ºC na cidade e beira os 50º no deserto. É também o período das férias escolares, de trânsito menos congestionado e de shoppings movimentados, com grandes liquidações.

Quem associa as férias a longas caminhadas —e Dubai tem muito para mostrar ao ar livre, em parques, praias de mar azul, centro histórico e arquitetura— deve deixar a viagem para os meses de outubro a abril, de calor suportável.

Em qualquer período, o hotel será sempre um tipo de oásis, uma câmara refrigerada para relaxar das compras ou continuar consumindo, em bares, restaurantes e serviços de spa. Existem os grandes resorts de praia, em Jumeirah e Dubai Marina, os hotéis nas áreas mais antigas de Dubai, que são Deira e Bur Dubai, e ainda os localizados no centro financeiro e futurista que é a Sheikh Zayed Road. Hotéis de redes internacionais oferecem traslados da manhã à noite para pontos turísticos como o Jumeirah Beach Park e o Mall of the Emirates: uma bela economia nos gastos com táxi e também uma forma segura de conhecer a cidade.

A história do povoamento multicultural de Dubai pulsa ao norte, nas margens do Creek, um canal aberto para o comércio de grandes navios nos anos 30 do século 20, quando a exploração de pérolas já declinava. Os dhows (embarcações) de madeira continuam lá, abarrotados de mantimentos e equipamentos eletrônicos que seguem para Irã, Paquistão ou Índia, terras natais de milhares de operários da construção civil de Dubai.

Cursos d'água têm o poder de embelezar as metrópoles, e o Creek cumpre esse papel de dia e especialmente à noite, quando os minaretes e anúncios coloridos das margens de Deira e Bur Dubai realçam as luzes sobre as águas, estejam elas na decoração das embarcações ou nas velas dos jantares flutuantes.

As distâncias são longas —dos souks (bazares) e museus do centro histórico até os modernos shoppings ao sul, por exemplo. Um passeio confortável, que dá a dimensão dos deslocamentos e suas distintas paisagens, é feito pelo Big Bus Tour, um ônibus de dois andares nos mesmos moldes do que fez fama em Londres.

São duas linhas: a vermelha percorre o centro antigo, nos dois lados do Creek, e a azul avança até o complexo de lazer Madinat Jumeirah e volta, deixando ver ícones como o hotel Burj Al Arab e os arranha-céus da Sheikh Zayed Road. O mesmo bilhete dá direito aos dois trajetos, durante 48 horas, com embarques e desembarques em qualquer ponto.

Antes da inauguração da torre mais alta, o Burj Al Arab se mantém como "o" símbolo da nova Dubai e um dos hotéis mais luxuosos e caros do mundo. Seu contorno abaulado lembra uma vela de barco impulsionada pelo vento, mas também pode representar a imagem simpática de uma mulher grávida, uma Arábia imponente, prenhe de investimentos.

As grifes internacionais de luxo estão por todos os lados, e é claro que num lugar desses há turistas e moradores comprando jóias com a naturalidade de um banhista escolhendo sorvete de casquinha. Mas não se intimide. Os shoppings são muitos e os produtos, livre de impostos, cabem em distintos orçamentos, sobretudo nas liquidações de inverno e verão.

A moderna Dubai tem muitas características interessantes e seus principais marcos atuais, como as altíssimas Emirates Towers e o magnífico Burj Al Arab, fazem com que até os mais renitentes fiquem de queixo caído. Há também muitas atrações encantadoras no centro antigo da cidade, desde os tradicionais souks de Deira e as casas com torres de vento de Bastakia até o belo Creek.

E, querendo fugir das compras, vá para as dunas alaranjadas do deserto, a cerca de uma hora de Dubai. "A embriaguez sem álcool do Oriente vem do deserto, onde o vento quente e a areia quente excitam as pessoas, onde a vida é simples e sem problemas", na definição do escritor Kurban Said.

Atrações Turísticas

Bastakia: Bairro tradicional mais bem preservado de Dubai, tem um pequeno e fascinante labirinto de casas árabes antigas dotadas de inúmeras torres de vento.

Souks de Deira: No coração da antiga Dubai, o bairro central de Deira abrange um longo emaranhado de bazares fascinantes, que vão das faiscantes lojas do souk do ouro aos perfumados corredores do souk de especiarias.

Madinat Jumeirah: Impressionante imitação de uma cidade árabe, abriga uma série de hotéis atraentes e estruturas de lazer- o exemplo mais vivo do kitsch opulento de Dubai em escala épica.

Emirates Towers: Este par deslumbrante de maravilhas modernistas de topo triangular se ergue acima da futurista Sheikh Zayed Road.

Burj Al Arab: Um dos edifícios contemporâneos mais prontamente reconhecíveis do mundo, este hotel maravilhoso em forma de uma vela ao vento se ergue graciosamente acima da costa ao sul de Dubai, sendo seu marco mais emblemático.

O Creek: Atravessando o coração da velha Dubai, as águas tranqüilas deste rio propiciam algumas das vistas mais memoráveis da cidade e um respiro bem-vindo das agitadas ruas centrais.


Links:
Governo de Dubai
Dubai Turismo