segunda-feira, 10 de maio de 2010

Japão: Tóquio

Uma enorme conurbação, geralmente denominada área metropolitana Tóquio-Yokohama, circunda Tóquio, capital do Japão e principal centro econômico e cultural do país.

Tóquio situa-se na baía de mesmo nome, voltada para o oceano Pacífico, na região central da grande ilha de Honshu. Faz parte da maior zona industrial do Japão, e sua área metropolitana compreende outras nove cidades, entre as quais figura Yokohama, onde se localiza o principal porto do país. O clima de Tóquio é temperado. Entre janeiro e março registram-se algumas nevadas, mas o verão é quente e úmido. As chuvas caem com mais intensidade no início do verão e em meados do outono, estação em que é comum ocorrerem dois ou três tufões todos os anos.

A região leste da atual Tóquio chamou-se originalmente Edo (estuário), cidade cuja história tem início em 1456, quando se construiu o primeiro castelo no local correspondente ao do atual palácio. No fim do século XVI era uma pequena vila de pescadores. O castelo teve diversos senhores antes de pertencer a Ieyasu Tokugawa, que, ao se tornar xógum em 1603, escolheu a cidade como sede administrativa do governo militar. Durante o século XVII o antigo castelo foi reconstruído e ampliado e lançaram-se as fundações da cidade, que se tornou a residência de toda a hierarquia Tokugawa.

Com a restauração Meiji de 1868, extinguiu-se o xogunato e o Japão começou a transformar-se numa moderna potência industrial. A capital nacional foi transferida formalmente de Quioto para Edo, que já contava com cerca de um milhão de habitantes. A cidade teve seu nome mudado para Tóquio ("capital ocidental") e depois disso se transformou numa das mais populosas e ativas metrópoles do mundo.

Depois da segunda guerra mundial, a capital japonesa superou Osaka como principal centro industrial do país. Predominam as indústrias leves, que produzem câmaras fotográficas, automóveis, equipamentos eletrônicos e artigos têxteis. Também é intensa a atividade gráfica e editorial.

A cidade está construída sobre uma planície aluvial e algumas elevações. Em seu crescimento, Tóquio estendeu-se para o sudeste, alcançando a vizinha Yokohama. Dispõe de múltiplos recursos econômicos mas é primordialmente um grande núcleo financeiro, onde têm sede muitas importantes empresas nacionais e estrangeiras. Também é um centro comercial e de distribuição de bens de consumo, tanto nacionais como importados.

No centro de Tóquio encontra-se o palácio Imperial, residência dos imperadores japoneses, com amplos jardins cercados de muros de pedra. A leste do palácio está o pitoresco distrito de Marunouchi, um dos centros da atividade financeira do país; ao sul, o distrito de Kasumigaseki, onde se encontram muitas das instituições municipais e do governo nacional; e a oeste, a zona de Nagatacho, onde se ergue o Parlamento.

Tóquio não é uma cidade com um centro único, pois tem múltiplos pontos de confluência, sobretudo próximo de estações ferroviárias, em torno das quais se reúnem grandes lojas de departamento, empresas financeiras, edifícios administrativos, hotéis, restaurantes e fábricas. Entre esses centros encontram-se bairros que se desenvolveram menos e, desse modo, a paisagem de Tóquio apresenta desde casas do período Meiji (1868-1912) até arranha-céus de cimento e vidro construídos após a segunda guerra mundial. Há também numerosas casas de madeira no tradicional estilo japonês, mas a maioria das construções da antiga Edo não mais existem.

No leste da cidade encontra-se a moderna zona comercial de Ginza, mundialmente famosa. No distrito de Kanda, a nordeste do palácio Imperial, aglomeram-se editoras e livrarias. Ali também se localizam algumas das universidades de Tóquio. A cidade não conta com amplas zonas arborizadas, mas dispõe de grande número de pequenos parques muito bem cuidados, belos exemplos da jardinagem nacional. Entre eles destacam-se o Meiji, que é ao mesmo tempo o santuário de Mutsuhito, o imperador responsável pela modernização do país.

Numerosos museus podem ser visitados em Tóquio. O mais importante é o Museu Nacional, no parque Ueno, que também abriga um museu de ciência e dois de arte. Outros museus artísticos e científicos encontram-se nas proximidades do palácio Imperial. Nos numerosos teatros de Tóquio realizam-se espetáculos diariamente, desde o teatro japonês tradicional até o mais moderno, além de óperas, concertos e outras formas ocidentais de dança e música. A principal instituição educacional é a Universidade de Tóquio.

O aeroporto internacional de Narita liga Tóquio com o mundo inteiro, e o Haneda serve aos passageiros de vôos domésticos. Uma extensa rede ferroviária e rodoviária parte de Tóquio para todas as ilhas do Japão.

Tóquio: uma da mais imponentes metrópoles mundiais

Com o equivalente à população total da Califórnia espremida numa área um pouco menor do que o Havaí, Tóquio transformou-se da capital destruída pelas bombas da Segunda Guerra no coração de uma das maiores economias mundiais em pouco mais de 50 anos. Depois de uma estagnação econômica de dez anos, a cidade finalmente voltou a crescer, e novos projetos e construções, como o Roppongi Hills e o Tokyo Midtown, mudam a paisagem de uma cidade que nunca é igual por dois dias seguidos. E, enquanto se prepara para sua candidatura como sede olímpica em 2016, Tóquio continua sendo a combinação perfeita do Japão tradicional e do que há de mais moderno disponível no mundo.

Em Tóquio, a eficiência dos serviços urbanos e a segurança da cidade surpreendem até o mais viajado dos turistas. A cidade conta com o mais eficiente sistema de transporte do mundo, com trens, ônibus e metrôs que funcionam assustadoramente no horário, e policiais que, por causa da baixíssima criminalidade, gastam mais do seu tempo dando informações turísticas do que caçando bandidos.

Por outro lado, a modernidade desaparece nas ruelas cercadas de casas tradicionais de madeira, nos caixas eletrônicos que fecham às cinco da tarde e no comércio que ainda reluta em aceitar cartões de crédito. Para o turista, passa longe de ser uma cidade de fácil navegação: as ruas não têm nome, prédios e casas não têm números e há pouquíssimas informações em inglês. Mas, em compensação, é uma cidade limpa, segura e cheia de gente simpática e educadíssima, que sempre sai do próprio caminho para ajudar alguém perdido.

A gigantesca metrópole parece se espalhar numa área quase sem fim. A região central é formada por 23 prefeituras distintas, ou ku (Minato-ku, Shibuya-ku, Shinjuku-ku, etc.), e a metrópole conta ainda com mais 26 "cidades" ou shi, situadas na região oeste (Chofu-shi, Musashino-shi, Tama-shi, etc.). Quando se fala em toda região metropolitana, geralmente incluem-se também as áreas de Chiba, Kanagawa e Saitama, por onde Tóquio também se estende. A região central é circundada pela linha de trem Yamanote, a principal e mais importante da cidade. É dentro dela que você vai encontrar todas as maiores atrações e o que Tóquio tem de melhor.

Prepare-se, você nunca esteve num lugar como Tóquio. Milhares de letreiros iluminam a cidade que mais parece um cenário de ficção científica. Você vai encontrar de tudo para todos os gostos e o que há de mais moderno em tecnologia, moda e arquitetura, pois todas as novidades e modismos começam e terminam aqui. Tribos de todos os estilos, japoneses orgulhosos de seus três mil anos de história e tradição e estrangeiros vindos de todas as partes do mundo numa mistura homogênea que vai deixar você de queixo caído.


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