segunda-feira, 10 de maio de 2010

Alemanha: Munique

Um dos principais centros culturais da Europa, Munique (München em alemão) é também a mais desenvolvida metrópole industrial e comercial do sul da Alemanha, famosa como sede de exposições e congressos. É a capital do Land (estado) da Baviera e terceira maior cidade alemã, depois de Berlim e Hamburgo. Situa-se às margens do rio Isar, a 520m de altitude na orla dos Alpes. Seu clima é temperado, com temperatura média anual de 7o C.

No século VIII da era cristã, os monges beneditinos fundaram um mosteiro na região do Tegernsee, núcleo a partir do qual se desenvolveu Munique, cujo nome significa "casa dos monges". Em 1157, o duque da Baviera, Henrique o Leão, concedeu aos religiosos o direito de fundar um mercado no local, o que deu origem à cidade e a uma atividade agrícola e comercial que desde então não se interrompeu. Em 1255 Munique passou a ser a residência dos Wittelsbach, duques e depois reis da Baviera. Em 1327, um incêndio destruiu quase inteiramente a cidade, que foi reconstruída e fortificada pelo imperador Luís da Baviera, considerado por essa razão seu segundo fundador.

Em meados do século XVI, o duque Alberto V o Magnânimo converteu a cidade em centro artístico, criou a biblioteca do estado e reuniu coleções de pintura e numismática. No reinado de Maximiliano I, duque da Baviera entre 1597 e 1651, a cidade não parou de prosperar, até ser ocupada, em 1632, durante a guerra dos trinta anos, pelas tropas do rei sueco Gustavo Adolfo. Dois anos depois, uma peste dizimou um terço dos habitantes de Munique, que continuou a ser, contudo, uma cidade importante durante todo o século XVIII, período de que datam muitos de seus palácios e igrejas.

O esplendor que Munique alcançou durante o século seguinte foi muito maior. Em 1806, tornou-se capital do reino da Baviera. Com o impulso de governantes iluministas e tolerantes, a cidade transformou-se num dos centros de criatividade cultural da Europa. Foi remodelada durante o reinado de Luís I, rei da Baviera de 1825 a 1848. Os protestantes adquiriram direitos civis pela primeira vez na que havia sido, até então, uma cidade católica. O rei Luís II protegeu músicos do porte de Richard Wagner e mandou construir um teatro especialmente para suas óperas. Também a dramaturgia floresceu em Munique no reinado desse monarca, que, apaixonado pela arquitetura, construiu suntuosos palácios em toda a Baviera.

Na década de 1920, um pequeno partido de Munique, o Nacional Socialista, escolheu como líder Adolf Hitler. Em 8 de novembro de 1923 partiu de Munique o pequeno pelotão nazista que protagonizou o fracassado golpe contra o governo bávaro. Durante a segunda guerra mundial, a cidade foi alvo de bombardeios aliados. Os pesados danos sofridos foram mais tarde quase totalmente reparados.

Munique tem importantes indústrias, entre as quais fábricas de instrumentos ópticos e de precisão, eletrodomésticos, cerveja, alimentos e cosméticos. Também se destaca nas atividades editorial e cinematográfica. Seu mercado de produtos agro-pecuários é um dos mais concorridos da Europa.

Na parte velha de Munique, predomina a arquitetura barroca e rococó. Misturadas à paisagem das ruas medievais alemãs, há praças de inspiração italiana. Nas imediações erguem-se os belos palácios reais de Schleissheim e Nymphenburg. A cidade é sede da Companhia de Ópera da Baviera e de uma renomada orquestra filarmônica. Possui importantes museus, como a Alte Pinakothek e a Neue Pinakothek, que conservam tesouros de pintura e escultura; o Museu Nacional Bávaro, o Residenzmuseum e o Museu de Arte Moderna. Entre os centros de ensino superior, estão a Universidade Ludwig-Maximilians e a Technische Hochschule. Há academias de pintura e escultura, de música, de filosofia e de artes audiovisuais. Munique comunica-se por rodovias e ferrovias com as principais cidades da Alemanha e da Áustria, e para seu aeroporto de Riem confluem linhas aéreas nacionais e internacionais.


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